segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

TENDA TABORES DE MINA CASA DE SÃO BENEDITO NA CRUZADA DE XANGO

 FILHOS DE SANTO:
 JÚNIOR DE OGUM
 THIAGO DE OXAGUIAN
 ANA CÉLIA DE YEMANJÁ
 VERONIKA DE IANSÃ
 FATIMA DE OXOSSI
 MARCIA DE OXALUFAN
 NOSSA MÃE DE SANTO COM SUAS FILHAS
 NOSSA MÃE DE SANTO COM SUAS FILHAS



 ANA CELIA
 VERONIKA
FATIMA


AXÉ....

TAMBOR DE MINA

Tambor de Mina é a denominação mais difundida das religiões Afro-brasileiras no Maranhão e na Amazônia. A palavra tambor deriva da importância do instrumento nos rituais de culto. Mina deriva de negro da Costa da Mina, denominação dada aos escravos procedentes da “costa situada a leste do Castelo de São Jorge de Mina” (Verger, 1987: 12) , no atual República do Gana, trazidos da região das hoje Repúblicas do Togo, Benin e da Nigéria, que eram conhecidos principalmente como negros mina-jejes e mina-nagôs.



Acredita-se que a primeira tenha sido fundada por uma rainha do antigo reino do Dahomé, vendida como escrava após o falecimento do Rei Agonglô (1797), ou por pessoa por ela iniciada (VERGER, P., 1990). Fala-se que a Casa de Nagô foi aberta por outro grupo, com a colaboração da primeira, razão pela qual é muito ligada a ela. Fala-se ainda na Casa das Minas da existência no passado de um terreiro Cambinda muito ligado à casa Jeje em Codó, interior do Estado



(2) Sobre a Casa das Minas existem dois livros muito importantes e conhecidos: o de NUNES PEREIRA (1ª edição de 1947) e o de Sergio FERRETTI (1ª edição de 1985). Não existe ainda nenhum trabalho exaustivo sobre a Casa de Nagô, embora muitos pesquisadores tenham dedicado a ela várias páginas em suas obras. Sobre Codó existe uma tese de pós-graduação defendida em 1945, nos Estados Unidos, por COSTA EDUARDO (1954), não traduzida para o português. Existe uma literatura razoável sobre a Casa Fanti-Ashanti (de pesquisador e do pai-de-santo), aberta em 1958 e introdutora do Candomblé no Maranhão (BARRETTO, 1977; FERREIRA, 1984; 1987; FERRETTI, M, 1991; 1993). Merece ainda destaque um livro de Maria do Rosário SANTOS (1989) que trata também do Terreiro da Turquia, Terreiro de Iemanjá e Terreiro Fé em Deus.



O tambor de mina se caracteriza por ser religião iniciática e de transe ou possessão. No tambor de mina mais tradicional a iniciação é demorada, não havendo cerimônias públicas de saída, sendo realizada com grande discrição no recinto dos terreiros e poucas pessoas recebem os graus mais elevados ou a iniciação completa.



No Tambor de Mina cerca de noventa por cento dos participantes do culto são do sexo feminino e por isso, alguns falam num matriarcado nesta religião.



Os homens desempenham principalmente a função de tocadores de tambores ou abatazeiros e também se encarregam de certas atividades do culto, como matança de animais de 4 patas e do transporte de certas obrigações para o local em que devem ser depositados.



Algumas casas são dirigidas por homens e possuem maior presença de homens, que podem ser encontrados inclusive na roda de dançantes.



Existem dois modelos principais de tambor de mina no Maranhão: mina jeje e mina nagô. O primeiro parece ser o mais antigo e se estabeleceu em torno da Casa grande das Minas Jeje (Querebentan de Zomadônu), o terreiro mais antigo, que deve ter sido fundado em São Luís na década de 1840.



O outro, que lhe é quase contemporâneo e que também se continua até hoje é o da Casa de Nagô, localizada no mesmo bairro (São Pantaleão) a uma quadra de distância.



A Casa das Minas é única, não possui casas que lhe sejam filiadas, daí porque nenhuma outra siga completamente seu estilo. Nesta casa os cânticos são em língua jeje (Ewê-Fon) e só se recebem divindades denominadas de voduns, mas apesar dela não ter casas filiadas, o modelo do culto do Tambor de Mina é grandemente influenciado pela Casa das Minas.



Nos terreiros de tambor de mina é comum a realização de festas e folguedos da cultura popular maranhense que as vezes são solicitadas por entidades espirituais que gostam delas, como a do Divino Espírito Santo, o Bumba-Meu-Boi, o Tambor de Crioula e outras. É comum também outros grupos que organizam tais atividades irem dançar nos terreiros de mina para homenagear o dono da casa, as vodunsis e para pedir proteção às entidades espirituais para suas brincadeiras



Vodunsi – a palavra significa esposa de vodun ou aquela que o Vodun possui.

Vodun = Divindade de origem ewe/fon

Si = esposa, mulher, femea

Esta palavra é usada para as pessoas iniciadas em rito Jeje após 1 ano da iniciação.



O tambor de crioula é uma dança de roda realizada ao som de tambores feitos de troncos. Trata-se de um folguedo característico da cultura negra do Maranhão. É associado à devoção popular a São Benedito.



São Luís possui duas casas religiosas fundadas por africanos provavelmente na década de 1840, que se continuam há mais de 160 anos e estão entre as mais antigas casas de culto afro do Brasil, a Casa das Minas e a Casa de Nagô. Parece que a Casa das Minas jeje é a mais antiga, porém é uma só, não havendo outras que se assemelhem a ela, que influência o modelo mina-nagô do tambor de mina. O modelo da Casa de Nagô foi o que mais se difundiu no Maranhão e na Amazônia, sendo porém muito diferente do modelo do candomblé da Bahia.



No modelo nagô do tambor de mina são cultuados orixás como Xangô, Iemanjá, Ogum, Nana, voduns como Badé, Averequete, Boça, Ewá, Xapanã, entidades gentis ou fidalgos como D.Luís, D.João, D. Sebastião, D. Miguel, D.Pedro e entidades caboclas ou da linha da mata, como João de Una, João do Leme, João da Mata, Tabajara, Mariana, Bandeira, Pedro Estrela e outros. No Maranhão a Umbanda também está muito desenvolvida sendo largamente influenciada pelo tambor de mina e se diz que é uma umbanda cruzada com mina.



Voduns

No estado de transe no tambor de mina são recebidos voduns e outras entidades. Quase todos os voduns da mina maranhense são cultuados na Casa das Minas, mas há alguns que são cultuados em outras casas e cuja classificação é complexa.



Podemos indicar alguns que são conhecidos como cambindas, como entre outros:

Légua Buji Buá, Navezuarina, Xadatã, Bossu Jará, Bossu Von Dereji, Bossu Fama. – da linha de Codó

Há também os gentis ou fidalgos que são entidades nobres com nomes portugueses, considerados voduns. Os outros voduns conhecidos no Maranhão são os voduns jejes cultuados na Casa das Minas.



Na Casa das Minas, diferentemente das outras casas de tambor de mina, não baixam caboclos, só voduns jejes.

Na casa são conhecidos e cultuados mais de cinqüenta voduns e de cerca de 15 tobossis ou entidades femininas infantis.



Os voduns se agrupam em famílias, sendo 3 principais e 2 secundárias, que são hóspedes. As principais são: família Real ou de Davice; família de Dambirá ou de Acossi Sakpatá, que cuida das doenças; família de Quevioçô. As outras duas são: a de Savalunu, hospede do dono da casa e a de Aladanu, hóspede de Quevioçô.



Os voduns da família real ou de Davice constituem o grupo mais numeroso. São reis, príncipes e princesas.

Existem duas linhagens na casa, a de Dadarro, o rei mais velho e a de Zomadonu, o dono da casa. Os outros voduns mais conhecidos desta família são: Naedona, esposa de Dadarro e Arronoviçavá, seu irmão. Os filhos de Dadarro são Sepazim, Doçu, Bedigá, Nanin e Apojevó. A princesa Sepazin é casada com Daco-Donu e têm um filho Daco. Os filhos de Doçu são Docupé, Decé e Acueví.



Os voduns da família de Davice não são sincretizados com santos católicos ou com orixás nagôs, apenas Doçu é identificado com o orixá Ogum e com São Jorge.



Os voduns são conhecidos por vários nomes e por apelidos. Doçú é conhecido como Agajá, Huntó, Poveçá e por outros nomes. Os outros voduns desta família são pouco conhecidos e não têm correspondentes em outros terreiros.



Conforme explicação da teologia (UNESCO, 1986), o vodun é um espírito intermediário entre a criatura e o Deus criador, ao qual o homem não pode se dirigir diretamente. Os voduns são entidades africanas e na Casa das Minas são também denominados de encantados e dizem que atendem aos pedidos que Deus permite realizar.



A maioria dos voduns são do sexo masculino mas eles podem ser homem ou mulher, velho, adulto ou jovem e crianças ou tobossi.

Cada vodum possui cânticos próprios, preferências por certos alimentos, colares com contas diferentes, com marcas da família e do vodum. Quando incorporados os voduns não comem, não bebem, não satisfazem necessidades fisiológicas e alguns gostam de fumar cachimbo



No tambor de mina a morte é muito ritualizada. Após a missa de sétimo dia é oferecido um cariru ao morto, que é consumido segundo regras rígidas. É realizado também o tambor de choro ou zeli (quando de corpo presente) ou sirrum (quando de corpo ausente).



ENTIDADES ESPIRITUAIS DO TAMBOR DE MINA

Gentis – designa encantados da nobreza européia, geralmente cristã, associados a orixás e, às vezes também, a santos católicos. Esses encantados são também classificados como nagô-gentil ou como vodum-cambinda.



ENTRE ELES MERECEM DESTAQUE:

Rei Sebastião, associado a Xapanã e a São Sebastião; Rainha Dina, associada a Iansã; Rainha Rosa, associada a Santa Rosa de Lima e a Oxum; Dom Luiz, Rei de França, associado a Xangô e a São Luís (Luiz IX).



No Maranhão, o termo caboclo designa entidades distintas dos voduns africanos e dos gentis, mas, difíceis de serem definidas e caracterizadas. De modo geral os caboclos são:



encantados que tiveram vida terrena mas não podem ser confundidos com espíritos de mortos (eguns), do astral, e alguns deles pertencem a categorias não humanas como os botos e surrupiras;

são associados às águas salgadas, como os turcos; à mata, como a família de Légua-Boji; à água doce, como Corre-Beirada (oriundo da Cura/ Pajelança);



pertencem à encantaria brasileira mas podem ser originários de outros países (França, Turquia);

têm ligação com grupos indígenas mas podem ser nobres que preferiram ficar fora dos castelos;

são recebidos freqüentemente, mas nem sempre na qualidade de “donos da cabeça

são homenageados, geralmente, no final ou no último dia do toque mas podem ser recebidos em rituais onde há voduns



Referências

Pierre Fatumbi Verger – Fluxo e Refluxo do tráfico de escravos entre o Golfo do Benin e a Bahia de Todos os Santos. São Paulo: Currupio, 1987.

Sergio Ferretti – Querebentã de Zomadonu. Etnografia da Casa das Minas. São Luís: EDUFMA, 1996, (2ª Ed. Revista).

Mundicarmo Ferretti, Desceu na Guma: o caboclo em um terreiro de São Luís – a Casa Fanti-Ashanti. São Luís, EDUFMA, 2000, (2ª Ed. Revista).





Autor: rosasnegras7x@ibest.com.br - Categoria(s): RELIGIÃO

domingo, 20 de fevereiro de 2011

ENCANTARIA


Uma mistura de duas forças, de duas formas. O branco e o negro. Duas culturas que unidas formaram um berço de encantaria…







Os encantados não são espíritos desencarnados; são pessoas, ou até animais, que viveram mas não chegaram a morrer, sofreram antes a experiência do encantamento e foram morar no invisível. De vez em quando saem de lá, pegam carona na asa do vento e vêm à terra, no corpo dos iniciados, para dançar, dar conselhos, curar doenças, jogar conversa fora e matar as saudades do povo que continua por aqui.


Descem pela Croa* (cabeça) cada um com seu respectivo gênio, com sua formalidade. Dividios em famílias, que entre as quais são classificadas desta forma:






Família do Lençol. O nome é uma referência à Praia do Lençol, onde se acredita teria vindo parar o navio do Rei Dom Sebastião, desaparecido na Batalha de Alcacequibir. É uma família de reis e fidalgos, denominados encantados gentis. Dona Jarina é a princesa encantada do Lençol que dá nome ao terreiro de mina de São Paulo, a Casa das Minas de Tóia Jarina. Seus principais componentes são a) os reis e rainhas: Dom Sebastião, Dom Luís, Dom Manoel, Dom José Floriano, Dom João Rei das Minas, Dom João Soeira, Dom Henrique, Dom Carlos, Rainha Bárbara Soeira; b) os príncipes e princesas: Príncipe Orias, João Príncipe de Oliveira, José Príncipe de Oliveira, Príncipe Alterado, Príncipe Gelim, Tói Zezinho de Maramadã, Boço Lauro das Mercês, Tóia Jarina, Princesa Flora, Princesa Luzia, Princesa Rosinha, Menina do Caidô, Moça Fina de Otá, Princesa Oruana, Princesa Clara, Dona Maria Antônia, Princesa Linda do Mar, Princesa Barra do Dia; c) os nobres: Duque Marquês de Pombal, Ricardinho Rei do Mar, Barão de Guaré, Barão de Anapoli. As cores da família são azul e branco para os encantados femininos e vermelho para os encantados masculinos.


Família da Turquia. Chefiada pelo Pai Turquia, rei mouro que teria lutado contra os cristãos. Vindos de terras distantes, chegaram através do mar e têm origem nobre. Seus principais componentes são: Mãe Douro, Mariana, Guerreiro de Alexandria, Menino de Léria, Sereno, Japetequara, Tabajara, Itacolomi, Tapindaré, Jaguarema, Herundina, Balanço, Ubirajara, Maresia, Mariano, Guapindaia, Mensageiro de Roma, João da Cruz, João de Leme, Menino do Morro, Juracema, Candeias, Sentinela, Caboclo da Ilha, Flecheiro, Ubiratã, Caboclinho, Aquilital, Cigano, Rosário, Princesa Floripes, Jururema, Caboclo do Tumé, Camarão, Guapindaí-Açu, Júpiter, Morro de Areia, Ribamar, Rochedo, Rosarinho. São encantados guerreiros e sua cantigas falam de guerra e batalhas no mar. Dizem que nasceram das ondas do mar. Uma doutrina de Mariana, a cabocla turca que comanda a Casa das Minas de Tóia Jarina, em São Paulo, diz: “Sou a cabocla Mariana/ Moro nas ondas do mar/ He! faixa encarnada/ Faixa encarnada eu ganhei pra guerrear.” Alguns dos encantados turcos têm nomes que lembram postos de guerra ou de marinheiro, outros, nomes indígenas. Algumas dessas entidades, como na Família do Lençol, estão ligadas às narrativas míticas das Cruzadas e das guerras de Carlos Magno, muito presentes na cultura popular maranhense. São suas cores: verde, amarelo e vermelho.


Família da Bandeira. Família de guerreiros, caçadorese e pescadores chefiada por João da Mata Rei da Bandeira, tendo como componentes Caboclo Ita, Tombacé, Serraria, Princesa Iracema, Princesa Linda, Petioé, Senhora Dantã, Dandarino, Caboclo do Munir, Espadinha, Araúna, Pirinã, Esperancinha, Caboclo Maroto, Caçará, Indaê, Araçaji, Olho d’Água, Espadinha, Jandaína, Abitaquara, Jondiá, Longuinho, Vigonomé, Rica Prenda, Princesa Luzia, Princesa Linda, Tucuruçá, Beija-Flor, Jatiçara, Pindorama. São encantados nobres e mestiços. Suas cores: verde, branco, amarelo e vermelho.


Família da Gama. São encantados nobres e orgulhosos. Seu símbolo é uma balança. São os encantados: Dom Miguel da Gama, Rainha Anadiê, Baliza da Gama, Boço Sanatiel, Boço da Escama Dourada, Boço do Capim Limão, Gabriel da Gama, Rafael da Gama, Jadiel, Isadiel, Isaquiel, Dona Idina, Dona Olga da Gama, Dona Tatiana, Dona Anástácia. Cores: vermelho e branco.


Família de Codó ou da Mata de Codó. Município do interior do Maranhão, Codó é um importante centro de encantaria do tambor-de-mina. Seus caboclos, em geral negros, têm como líder Légua-Boji. Segundo Mundicarmo Ferretti, “são entidades caboclas menos civilizadas e menos nobres, que vivem, geralmente, em lugares afastados das grandes cidades e pouco conhecidos e que costumam vir beirando o mar ou igarapés.” São eles: Zé Raimundo Boji Buá Sucena Trindade, Joana Gunça, Maria de Légua, Oscar de Légua, Teresa de Légua, Francisquinho da Cruz Vermelha, Zé de Légua, Dorinha Boji Buá, Antônio de Légua, Aderaldo Boji Buá, Expedito de Légua, Lourenço de Légua, Pedro Légua, Aleixo Boji Buá, Zeferina de Légua, Pequenininho, Manezinho Buá, Zulmira de Légua, Rita Légua, Mearim, Folha Seca, Maria Rosa, Caboclinho, João de Légua, Joaquinzinho de Légua, Pedrinho Légua, Dona Maria José, Coli Maneiro, Martinho, Miguelzinho Buá, Ademar. Cores: mariscado de Nanã, marrom, verde e vermelho.


Família da Baia. São os caboclos baianos também popularizados através da umbanda, mas o tambor-de-mina não os reconhece como originários do Estado da Bahia, mas de uma baia no sentido de acidente geográfico ou de um lugar desconhecido existente no mundo invisível. São eles: Xica Baiana, Baiano Grande Constantino Chapéu de Couro, Mané Baiano, Rita de Cássia, Corisco, Maria do Balaio, Zeferino, Silvino, Baianinho, Zefa e Zé Moreno. Brincalhões e muito falantes, os baianos mostram-se sensuais e sedutores, às vezes inconvenintes. Cores: verde, amarelo, vermelho e marrom.


Família de Surrupira. Família de caboclos selvagens, como índios. Feiticeiros e “quebradores de demanda”: Vó Surrupira, Índio Velho, Surrupirinha do Gangá, Marzagão, Trucoeira, Mata Zombana, Tucumã, Tananga, Caboclo Nagoriganga, Zimbaruê.


Outras famílias de encantados: Família do Juncal, de origem austríaca; Família dos Botos; Família dos Marinheiros, cujo emblema é uma âncora e um tubarão; Família das Caravelas, que são peixes do oceano e não devem ser confundidos com a embarcação; Família da Mata, à qual pertencem muitos caboclos cultuados também na umbanda, como Caboclo Pena Branca, Cabocla Jacira, Cabocla Jussara, Sultão das Matas, Caboclinho da Mata, Caboclo Zuri e Cabocla Guaraciara.




sábado, 19 de fevereiro de 2011

LENDA DE DOM REI SEBASTIÃO ( Praia dos Lençóis)

Dom Sebastião foi o rei português que morreu em 1578, aos 24 anos de idade, quando se lançou com seus soldados em uma temerária aventura guerreira no Marrocos, na esperança de converter os mouros em cristãos. Ele desapareceu na famosa batalha de Alcácer Quibir, durante a qual o exército português quase foi dizimado pelas forças inimigas, e como o seu corpo jamais foi encontrado, muitas lendas foram então criadas pelos crédulos e otimistas, todas alimentando o sonho de que um dia ele retornaria à sua terra para libertá-la do domínio espanhol, restaurando dessa forma o império português.





Uma dessas histórias sustenta que o soberano costuma aparecer nas noites de lua cheia em uma das praias da ilha dos Lençóis, que por sua vez está localizada no arquipélago de Maiaú, litoral do município de Cururupu, lado ocidental da cidade de São Luís. Diz a lenda que o rei sempre se deixa ver na forma de um touro encantado, aguardando esperançoso que algum corajoso finalmente apareça e o liberte da maldição que o colocou naquela situação. E, também, que ele mora em um palácio de cristal que se ergue no fundo do mar, próximo a ilha, mas não consegue sair de lá, por mais que tente, porque seu navio não encontra a rota correta que o leve de volta a Portugal. A mesma versão garante, ainda, que a Ilha dos Lençóis é encantada, e que se tornou morada do rei português porque os montes de areia nela formados pelo vento, se assemelham aos existentes no campo de Alcácer Quibir, onde dom Sebastião desapareceu.






O touro negro que esconde a figura do rei português tem uma estrela de ouro na testa, e se alguém conseguir atingi-la, ferindo o animal, o reino será desencantado, a cidade de São Luís irá submergir, e em seu lugar surgirá a cidade encantada que guarda os tesouros do rei. Os mais crédulos vão adiante, pois acreditam que no dia em que a testa estrelada do touro for machucada por algum cidadão desassombrado, o rei será libertado do encanto maligno que o transformou em animal, emergirá de vez das profundezas do oceano, e que os enormes vagalhões provocados pela emersão da numerosa e reluzente corte real que o acompanha, bem como dos exércitos que não o abandonam e nem deixam de protegê-lo em seu incansável vagar pelas areias das dunas da ilha dos Lençóis, farão desaparecer a cidade de São Luís do Maranhão sob a fúria das águas revoltas.






A Ilha dos Lençóis não deve ser confundida com os Lençóis Maranhenses, parque nacional situado a leste da Ilha de São Luís, (lado oposto), na divisa com o estado do Piauí. Situada no litoral ocidental do Maranhão, com uma área não maior que 900 hectares, a 155 quilômetros a oeste da capital São Luís, e a 82 quilômetros do primeiro parque estadual marinho do Brasil, o Parque Marinho de Manoel Luís, a ilha tem solo arenoso formando um campo de dunas de até 35 metros de altura, que se prolonga por quase toda sua extensão ate se mesclar com o mangue no lado sudoeste, formando lagoas de águas cristalinas durante a época chuvosa, mas que, costumam desaparecer durante o período da seca.






Com fauna e flora típicas, a Ilha dos Lençóis se constitui em um dos lugares únicos do Brasil, e por isso é considerada uma das mais belas ilhas oceânicas do país. O acesso a ela é feito somente por meio de embarcações tradicionais, ou de avião mono ou bimotor, motivo pelo qual ainda hoje a ilha se mantém praticamente no seu estado original. Nela reside uma antiga comunidade de pescadores originada dos portugueses que ali se fixaram há muito tempo atrás.






A Ilha dos Lençóis é um santuário ecológico onde pode ser encontrado, entre outros, o pássaro Guará, uma das aves mais bonitas do Brasil. Revoando por aquela região ás centenas, colorindo os ares com sua plumagem de um vermelho intenso, eles parecem incendiar a floresta de Mangue, uma das mais bonitas que se possa encontrar. Além das dunas de rara beleza, das paisagens bucólicas, dos seus habitantes albinos, da pureza ecológica que se vê, que se sente e que se respira a cada passo, a ilha desperta no imaginário dos que a visitam, inúmeros pensamentos e suposições que se prendem à lenda do rei transformado em touro encantado.






D. Sebastião I (1554 - 1578), décimo sexto rei de Portugal, herdou o trono em 1507, quando tinha apenas três anos de idade; Durante a sua menoridade a regência foi assegurada primeiro pela rainha Catarina da Áustria, sua avó, viúva de D. João III, e depois pelo tio-avô, Cardeal Henrique de Évora. .Aos 14 anos, quando finalmente assumiu o trono, o jovem soberano tinha a saúde débil, o espírito fraco e a mente sonhadora, razão pela qual, ao invés de administrar o vasto império de que era senhor, formulava planos para batalhas imaginárias e conquistas retumbantes, além de projetos visando a expansão da fé católica, profundamente convencido de que seria ele o capitão de Cristo numa nova cruzada contra os mouros do norte de África. Por isso começou a preparar-se para a expedição contra os marroquinos da cidade de Fez.






Por achar que aquela idéia era uma loucura, seu tio Filipe II, rei da Espanha, esquivou-se de acompanhá-lo, e por isso o exército português partiu sem reforços, desembarcando em Marrocos no ano de 1578. Uma vez lá, o rei ignorou os conselhos dados por seus generais e decidiu avançar imediatamente para o interior, em busca do inimigo. Na batalha que se seguiu, a de Alcácer-Quibir, os portugueses foram derrotados humilhantemente pelas forças do sultão Ahmed Mohammed, e perderam uma boa parte do seu exército.






Quanto a Sebastião, provavelmente morreu na batalha, ou depois de aprisionado. Mas para o povo português de então, o rei havia apenas desaparecido, e por isso passou a esperar por seu regresso.



Este texto também foi publicado em www.efecade.com.br, site do próprio autor. Visite-o e deixe a sua opinião.


FERNANDO KITZINGER DANNEMANN

SALVE FAMILIA DA TURQUIA.






Ganhou a coroa do Rei de Mina


Ele é filho do Imperador

Lá na Turquia ele içou sua bandeira

Foi seu pai quem lhe mandou

Lá na Turquia ele içou sua bandeira

Foi seu pai quem lhe mandou.



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O sino da Turquia já bateu (bis)

Bateu, amanheceu

E o Turco apareceu (bis)



———



Tapindaré



Tapindare êê êê

êê êê

Viva Seu Tapindaré (bis)



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Dom de Mourão Mourão

O que é que vós andas fazendo? -> bis

Sua Coroa de Ouro

Sua bengala na mão

É de admirar

É de admiração



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no mar tem folha tem rosario de nossa senhora ( bis )

arueira de são benedito cabocla herondina chegou nesta hora ( bis )



com facas e punhal na mão seu corpo cravado de agulhas e ela cabocla herondina

e não lhe bole e não lhe bula,e não lhe bole e não lhe bula o herondina ela baia é na ponta da agulha o herondina

muitos trabalhos ela tem feito é muitos dele aprovados o herondina ela mando faser uma flexa com a pena do gavião o herondina pra a serta seus inimigos na veia do coração e de cocorio e de cocoria cabocla herondina e de umbanda so ( bis )



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Tapindaré



Cocheiro seu, sela cavalo preto

Tapindaré não gosta de andar a pé

A sua casa é num morro de areia

Mas não é mar, não é mar, não é maré.



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Ê Corta

Eu sou um caboclo flexeiro

Pra que mandou me chamar

Seu já to e mina eu vou

Eu sou um caboclo roxo



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Coisa mais linda

É a cabocla MARIANA



É a cabocla mais bonita do luar

Noite de lua ela sai a passear

Ela dança numa pedra

Que tem lá em alto mar



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Oh grande estrondo deu na aldeia

E a aldeia balanceou



Oh grande estrondo deu na aldeia

E a aldeia balanceou



Caboclo é Tapindaré

No meio da guma ele raiou



Ele é caboclo

É Tapindaré

Mas ele é homem

E não é mulher

Ele carrega a sua flecha na ponta do pé

Ele carrega a sua flecha na ponta do pé



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Sapequara



Êrá êrá – bis

É Sapequara índio velho brasileiro- bis

Desceu na guma

Arredor do seu capueiro – bis

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Balanço



Eu sei quem é

Meu Deus eu já sei quem é – bis

Quem ta afirmando

É o Balanço porque é – bis

______________________

Rei da Turquia



Estrela Dalva

Barra do Dia – bis

Desceu na Guma

Imperador Rei da Turquia – bis



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Caboclo Roxo



Caboclo Roxo

tem a flor do maracujá (bis)

Aê rochedo

Aê rocha



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Balanço



Ainda não balanciei (bis)

no meu rojão acostumado

Ainda não balanciei (bis)



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Balanço



Ô que balanceia em terra

Ô que balanceia o mar (bis)

Deu um Balanço tão forte

Dentro da guma real (bi)



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Mãe Douro



Douro Douro

Douro do mar

Ela é moça Douro

Douro do mar (bis)



Galo cantou meus irmãos

para anunciar (bis)

Que chegou meu irmãos

Douro do mar (bis)



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Moro morama vatinou (bis)

Na vatina do céu, vatinou (bis)



Meu pai é mouro

Eu sou mouro

Sou da família de mouro (bis)



Na Turquia tem gente

Senhor meu pai, lá mora gente (bis)



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Liana se quer tem querer





Olha bela joia de Mariana

é puro ouro da águas de Liana



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Agua rolô no mailô

Fina beleza puro ouro

É Liana a bela jóia

do Tesouro



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Tabajara



Alumeia, alumeia, alumeia

Alumeia no mar (bis)

Ele é boço, alumeia na terra

Tabajara alumeia (bis)



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Japetequara



Japetequara como é belo olodô (bis)

Nanã ô, Nanã ô, como é belo olodô (bis)



Mariana



É cravo, é rosa

É manjericão

Chegou a bela turca

Pra baiar nesse salão



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Tanto tempo que ela vinha

Mas agora já chegou

Chegou, chegou arara cantadeira

Chegou, chegou a cantadeira do mar



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Eu sentei praça na marinha

Mas não foi pelo dinheiro

Foi só pelo amor a farda

A farda do marinheiro



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A maré encheu

A maré vazou

De longe muito longe

Eu avistei arara

A sua barquinha coberta de sapê

Seu arco, sua flecha

Sua candeia no pé

Ela é arara do ararauê

Ela é arara do arareuá

Canta, canta sua arara

Sua arara cantadeira

Canta, canta Mariana

Rainha das curandeiras



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Cabocla Herundina



Olha que pancada certa na veia do coração…

É a flecha de Herundina que é do osso do gavião..

Herundina é cabocla ….

Cabocla de guerrear..

Cabocla Herundina foi quem chegou nesse congá..

Herundina êêêêêêêêêêêêêêêê

Herundina áááááááááááááááá



Sua flecha é certeira e acerta o coração

Ela atira e não erra …

E nos dá a proteção…

Herundina é cabocla ….

Cabocla de guerrear..

Cabocla Herundina foi quem chegou nesse congá..

Herundina êêêêêêêêêêêêêêêê

Herundina áááááááááááááááá



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Mariano



Mariano Mariano

Mariano aê

Já chegou Mariano

Mariano aê

Mariano Mariano

Mariano aê

Passei por cima de tambor

Mariano aê







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MARIANA



Eu tenho meu Balão de Ouro

Que eu ganhei no Piauí (bis)

Não deixa papai

Não deixa mamãe

Não deixa meu Balão subir (bis)



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Meu Balão de Ouro

Que meu pai me deu (bis)

Enfrentei batalha meus irmãos

Quem ganhou fui eu (bis)



(Pontos enviados por Salomão)



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É DE MOURO

MOURO MORAMA

É DE MOURO

MOURO MORAMA

A FAMÍLIA DE MOURO

MOURO MORAMA

A FAMÍLIA DE MOURO

MOURO MORAMA







———



Tapindaré é uma rosa

que brilha todos os dias…

bilha no céu e na terra

e no portão da Turquia.: 2x

Onde tu vais Madalena

em uma cidade qualquer

se tu passar na Turquia

lembrança a Tapindaré.







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Ô lá no rio do quebra-pau

Meu cavalo é bravo

É bravo

É bravo

Nao se amansa ele.







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caboclo tapindaré



tapindaré e uma flor filho do rei da turquia…

tapindaré moço nobre filho do rei da turquia..

aonde tu vai madalena pra cidade de cre guando

passar na turquia lembraça a tapindaré







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MARIANA



Seu navio apitou

Mas não quebrou maresia (bis)

Cabocla Mariana

Filha do Rei da Turquia (bis)







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Menino da Leria



Sou Menino da Leria

Leriador (bis)

Eu tô dentro da guma

Sou brincador (bis)







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João Guerreiro



João se tu fores à mata

Dê lembrança ao arvoreiro (bis)

Dê um laço na fita branca

O outro na fita verde

João tu vai à mata

João tu é Guerreiro (bis)







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Turquia



Seu Turquia vamos ao mar

Correr o mundo girar (bis)

Ora vamos louvar a Maria

Averê pombo do ar.









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Joao Guerreiro de Alexandria



Eu sou João eu sou Guerreiro (bis)

Ôh entre serras e navahas eu sou João

Ah eu sou o príncipe navaheiro (bis)







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Meu pai Turquia (bis)

Já içou sua bandeira

Venham ver como é bonito caboclo

Na trincheira (bis)

Meu pai Turquia

Já içou sua bandeira

Venham ver como é bonito

Caboclo Roxo na trincheira…





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Eu Nasci no Morro

No reino da fidalguia (bis)

O meu nome é Dalelo

Filho do Rei da Turquia (bis)

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JAGUAREMAEu sou caboclo

guerreiro da ponta grossa

o meu nome é Jaguarema

meu pai é rei da turquia ou não éé rei ou não é (bis)

Jaguarema já chegou(Pontos enviados por Erickson Lima)







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Caboclo RoxoEu venho de longe

Daquele arrochedo (bis)

Minha casinha onde moro

Em cima da rebanceira (bis)

———-TapindaréQuebra a cabaça

Espalha a semente

Planta do lado que o sol nascer (bis)

Tapindaré aê Tapindaré aê

Ele é caboclo Tapindaré (bis)






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Da Turquia vem meu amor

Na floresta caminhar.

Vem chorando tanta dor

De viver o dissabor

De sua terra lá deixar.



Chora tão bela Herondina!…

Chora bela Mariana!…

Chora tão bela Jarina!…

Vê uma índia soberana

Que do filho desatina.



Teu caboclo guardará

E sarando o coração,

Deste choro livrará.

Na floresta chegará

Nobre Dom Sebastião.(Ponto enviado po Aragonr)———-Mensageiro de RomaQuem quer vai não manda (bis)

Ele é Mensageiro de Roma (bis)

………………………………………………………….MaresiaDeixa-te estar Maresia (bis)

Quebrou minha costela

Ô pensou que não doía (bis)

……………………………………………………..Maresia me enganou

No passar do igarapé (bis)

Me enaganou me enganou

no passar do igarapé (bis)

…………………………………………………..Lá não tem banzeiro

Lá só tem Maresia (bis)

Olha a banda

Olha a banda

Na ponta d’areia (bis)

……………………………………………..Cabocla Mariana



A cabocla Mariana

não é côco de anajá (bis)

Ô quando ela vem nesse mundo

Ô meu Deus!

Só faz o bem não o mau (bis)

Ô lá vem lá vem meu balão de ouro

Olha cabocla Mariana e seu balão ouro (bis)

………………………………………………….



Eu tenho meu balão de ouro

Que eu ganhei no Piauí (bis)

Não deixa papai

Não deixa mamãe

Não deixa o meu balão subir (bis)

………………………………………………….



Menino da Lera



Eu sou menino da Lera

Eu cheguei pra leriar (bis)

Eu sou menino

Eu sou da Lera

Eu sou menino

Eu vim brincar (bis)









Princesa Mariana



La fora tem dois navios no meio deles tem doias farois 2x

E a esquadra da marinha brasileira oh Mariana la na praia do lençol 2x






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Seu Maresia:



Aê Maresia tu não vai me levar

Aê Maresia tu não vai me levar

O teu banzeiro é tao forte tu não vai me levar

O teu banzeiro é tão forte tu não vai me derrubar.



Rola rola Maresia

Rola se tu quer rolar (2x)

Assim como as pedras rolam

Rolam aê no meio do mar.



Mensageiro de Roma:



Mendageirinho da boa fé

Eu vim baiar com a fé em Deus

Mensageirinho da boa fé

Eu vim baiar com a fé em Deus

Eu vim baiar

Eu vim baiar

Eu vim baar com a fé em Deus.



Abalou, abalou, abalou

Ô deixa abalar

Abalo, abalou, abalou

Ô deixa abalar

Abalou mensageiro de Roma

ô das aguas verdes

Abalou mensageiro de Roma

ô das aguas claras.



Caboclo da Ilha:



Caboclo da Ilha veio baiar

Ah ele é bom baiador

Caboclo da Ilha veio baiar

Ah ele e bom baiador



Quem quizer matar eu mestre

Ô mate a mim primeiro (2x)

Mais eu sou o Caboclo da Ilha

Da ilha dos justiceiros. (2x)







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meu anel de ouro que meu pai me deu (bis)

Oh quem perdeu perdeu, sra. dora, oh quem achou foi eu (bis)







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Mouro Gereodama de Alexandria



Aê Mouro, Ele é moreno gama (BIS)

Ele é filho de Mouro, seu nome é Gereodana (BIS)






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REI DA TURQUIA

A lua nasce e o sol se esconde,

Solta seus raios sobre as montanhas. (bis)

Estrela D´alva é sua guia,

Baixou em terra saravá o Rei da Turquia. (bis)

Turquia, Turquia, Turquia de Oxalá

Baixou em terra pra seus filhos levantar (bis)





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Oh céu azul, oh céu azul

É com Deus e Nossa Senhora que hemos de vencer

A ela traz no peito um coração emblema

Ela é Cabocla, ela é Mariana

A Rainha Suprema

Seu navio apitou nas ondas do mar

E aêêeêêêê maresia

Marinheiro segure o leme

Não deixe o seu barco virar



Seu navio apitou nas ondas do mar

E aêêeêêêê maresia

Marinheiro segure o leme

Não deixe o seu barco virar

E abalaou, e abalaou e abalaou

Abalou toda gira de Nagô

E abalaou, e abalaou e abalaou

Abalou toda gira de Nagô



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Santa Bárbara já deu hora

No relógio de Mariana

Titiricou

No relógio de Mariana

Titiricou

No relógio de Mariana







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Ela é uma pérola real

Ela é uma pérola preciosa

Na linha do povo do egito

Ela se chama

Ela se chama é uma rosa

Uma rosa que vem lá da turquia

É Marina , Mariana que me guia



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Que linda barca é aquela

Que vem beirando o mar

Nossa Senhora vem dentro

E a Marinheira remando



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Ela é uma pedrinha miudinha

Tão pequenina que nasceu no pé de dende

Seu Pai é Rei da Turquia

Ou é ou deixa de ser



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Ela é marinheira de bordo

Orgulho da Marinha

Quem quiser ver Marina

Que vá nas águas do mar



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No seu jardim uma rosa floresceu

Seu pai lhe chama

E agora chegou ela

Ela é cabolca que vem de sua aldeia

É Marina é cabocla e não bambeia





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oh! mariana eu preciso de voce (2x)

vamos jogar o jogo da amarelina

se eu perder voce me ganha e se

eu ganhar voce è minha. (2x)





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oh! mariana, oh! mariana

seus cabelos sao de ouro, mariana. {2x}

nas bordas da tua saia, mariana

os bordados sao de ouro, mariana. {2x}



seu turquia la vem bala

o bala daqui sou eu, sou eu, sou eu, o bala daqui sou eu.





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Caboclo da mata virgem,

Eu não ouso o teu cantar, (bis).

Eu estou é com Santa Helena,

Nas águas loiras do mar…

É ou não é?

Boboró mina no ma deó,(bis).



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Pra onde vai guerreiro que passou pro mar?

Foi salvar terreiro e povo de Alencar,

Não é que sejas da aqui,

É de primavera,

É cravina roxa lá no meio do mar (bis).



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Embarcou na sua canoa cheia de patichuli,

Para saltar na areia branca e tocar seu bandolim (bis)

Ah seu Roxo, não posso mais, Ah seu Roxo não posso mais,

Por aqui passa um rio, por aqui passa um riacho,

Ele é Caboclo Roxo,

Vem corta os embaraços,

Ah seu Roxo, não posso mais, Ah seu Roxo não posso mais,



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Caboclo Roxo é guerreiro,

Guerreiro de Maranhão,

Com a sua espada na sinta,

Sua Taquara não…

Foi embora para Bahia, que Maranhão não lhe quer,

Ele caboclo! Não é temeroso, é homem não é mulher.



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Santa Ana é mãe de Maria,

Maria é mãe de Jesus,

Como se chama esse menino,

Dom Manoel da Vera Cruz,



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Seu cavalo está no pia dor, (bis).

Ele é menino vadia dor, (bis).

Seu cavalo está no pia dor, (bis).

Ele é menino desembagador.



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Herondina



é um castelo

é uma fortaleza (bis)

lá fora tem um vigia

guardando a bela pribcesa







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Ela é cabocla da mata do matão

Quem quiser ver Herondina

Vá nos Lencois do Maranhão”



“Ela é cabocla Herondina

Ela é cabocla Herondina

Ela é querreira lá do matão

Ela luta com bicho bem fera

Ela luta com fera leão







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Mariana



ponto de mae mariana

a tua vida maria é

de mariana

es uma cabocla guerreira la de Goiania



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Herondina

ea pororoca de aguas negras

moça bonita filha e neta da bahia

ella é assim

é mandigueira

ô Herondina vem forma sua trincheira








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Mariana



Mariana filha da lua e do sol

mariana sua morada é lá praia dos lençol(bis)



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Herundina



Com faca e punhal na mão,seu corpo cheio de agulhas(bis)

Saravá a princesa Erondina,ô não lhe toque ,ô não lhe bula(bis)








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cabocla Herundina



Como ela vem,

Numa veia da água, (bis)

Veio arrastada pelas correntezas,

Banzeiro grande que lhe trouxe aqui,

A maresia é o seu cavalo,



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No mar tem flores,

Tem rosário de nossa senhora,

Aroeira de São Benedito,

Cabocla Herundina chegou nessa hora,

Oh embala, embala, embalaô, cabocla Herundina embala se só,

Ela embala se na rede cipó,

Cabocla Herundina embala se só.



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Ela não tem amor na terra,

Ela não tem por quem chorar,

A sua mãe foi muito ingrata,

Atirou-lhe em alto mar,



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Oh não lhe mexa, não lhe bula, Herundina,

Ela dança é na ponta da agulha, Herundina,

Corrente forte ela vem quebrando Herundina,

E seus trabalhos realizando Herundina,



———-



Herundina faz coroa em terra,

Herundina faz coroa no mar,

Como ela vem toda faceira, como ela vem no balanço do mar (bis).



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Caboclo Tapindaré

Abre-te banca de areia,

Areia só tem no mar (bis),

Tapindaré é o rei dos índios meus irmãos,

Areia, areia, areiá…

Tapindaré é o rei dos índios meus irmãos,

Areia, areia, areiá…

Ele é índio e vem voando dos confins,

Lá do mar,

Vem abrir sua banca em terra já,

Fechou em alto mar,

Com os poderes de Deus divino,

São José de Aribama.



———-



Seu Jacaré merum,

Papai lhe chama,

É na banca de cura ele é um bom curador,

É na linha de Umbanda ele é curador,

Valei-me Deus e Nossa Senhora (bis),

Rezo o seu rosário e rogo a vossa gloria.



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caboclo Sereno

Serenó, serenó,

Serenó prá caboclo serenó,

Eu estava meu pai eu estava,

Estava no serená,

Sereno da madrugada,

Sereno do Juremá,

Eu sou sereno da madrugada,

Eu sou sereno do Juremá.

(caboclo Flecheiro)

Que linda barca que chegou lá de Lisboa,

Nossa Senhora vem na frente,

Seu Flecheiro vem na proa (bis)



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Ele é caboclo ele é flecheiro,

Sua pisada é cruel,

Sua taquara quem carrega é uma mulher,

Nas matas virgens ele é índio,

E é cruel!

Gostou do índio venha ver quem é…

Gostou do índio venha ver quem é…

Ele é caboclo que veste pena,

Usa flechas lá na Jurema,

É na Jurema,

É na Jurema,

É na Jurema venha ver quem é…

Ele é caboclo que veste pena,

Usa flechas lá na Jurema,



———-



Nas matas tem flores,

Tem rosário de Nossa Senhora,

Aroeira de São Benedito,

Caboclo Flecheiro chegou nessa hora.



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caboclo Ubirajara, Velho Edmundo

Que penacho é aquele?

É um penacho de arara,

No rompé da Mata Virgem

Ele é caboclo Ubirajara,

Edmundo, Velho Edmundo,

Edmundo, Velho Edmundo,

Ele se chama Ubirajara,

Seu pai Oxossi, Guardião do Mundo,



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Cabocla Mariana

No rio Negro os mururus viraram flores

Na mata virgem o sabiá cantou

Ela é a cabocla Mariana

A bela turca que aqui raiou.



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Lá fora tem dois navios, num deles tem dois faróis

É a esquadra da marinha brasileira, Mariana!

Lá nas praias dos Lençóis,

Salve a marinheira,salve a marinheira,

Ela é revoltosa da marinha brasileira.



———-



Ela subiu o morro e desceu ladeira,

É filha de Turco, ela é uma arara cantadeira,

Arara, arara, arara cantadeira,

Ela é a Mariana rainha das curandeiras.



———-



Ela veio numa concha,

Numa concha lá do mar,

Aruanda aruandé, aruanda aruandá,

Aruanda aruandé Mariana veio sarava.



———-



Mamãe, eu vou morar nos astros,

Nos astro me dei bem,

Nos astros eu vejo quem passa,

Nos astro eu vejo quem vem.



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Cabocla Mariana



Ela estava de vigilia em cima do morro negro(2)

da quara zuo e tambor rufou(2)



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mas ela chegou agora

do sertão amazon clei

o farao o o o seclé, seché

SALVE FAMILIA DA MATA DO CODÓ.

Oh corta, corta, cortador


oh corta língua de falador






oh corta, corta, cortador


oh corta língua de falador






Na minha vida não há embaraço


Sou eu Manezinho


Sou do peito de aço.






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Foi lá na mata do codó


foi por de trás de um pé de aroeira..


eu via vulto passar


eu via vulto correr


filho de légua


tá na eira do Pará






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Codó codó codó codó..


Codó lá do maranhão


Deus salve esta grande linha


linha Guerreira do codó do maranhão!






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Meu pai me disse que Dançar nagô é bom


Meu pai me disse que Dançar nagô é bom


Paipai é Nagô , mamãe é Nagô , toda família é nagô


Paipai é Nagô , mamãe é Nagô , toda família é nagô






Meus irmãozinhos eu também sou de Nagô


Meus irmãozinhos eu também sou de Nagô






Paipai é Nagô , mamãe é Nagô , toda família é nagô


Paipai é Nagô , mamãe é Nagô , toda família é nagô…






———-






Quando o pai chama o filho tem que atender


Quando o pai chama o filho tem que atender


O meu pai é Légua


É ou deixa de ser






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Aê Codó Aê Codó


O meu pai é do codó


Aê Codó


Eu também sou do Codó


Aê Codó






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Se meu pai é de Codó


Então eu sou codoense


Ô viva a flor do Codó


Viva a rosa Maranhense






Menina vai ao terreiro


Com vassoura de algodão


O povo de Légua é fino


Não pode pisar no chão






Por cima do mar eu vim


Por cima do mar eu tô


Por cima do mar Légua Bojí


Por cima do mar Légua Buá






Pedro Angassú é moço nobre


Linda flor de girassol


Governador de vodum


Lá das matas do Codó






Lá nas matas do Codó


Por de trás de um pé de aroeira


Eu vi um vulto passar


Eu vi um vulto correr


Era Zé Raimundo lá na aueira do Pará






Família de Légua no pe de Aroeira


Bebendo cachaça e quebrando barreira


Auê, auê bebendo cachaça e


quebrando barreira






A Rosalina do Codó


É surradora e não bambeia






A mãe d`água do rio já vem


E ela vem pisando o couro


E eu não sei de quem






Chegou Dona Rosalina


Cobra grande da lagoa


Da lagoa, da lagoa, …..






Despedida de Filhos de Légua:






Não queria ir


Eu queria ficar


Mas meu pai me chama


Tenho que atender


Eu sou filho obediente


Ou então deixo de ser






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Folha Seca:


Eu nasci no arvorero


me criei


no alto mar


o meu nome é Folha Seca filho de


légua buá






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Manezinho de légua:


Minha vida não tem embaraço


minha vida não tem embaraço


sou eu manez\inho do peito de aço


sou eu manez\inho do peito de aço


Francisquinho légua:


E quando eu vinha


pelo rio do congo


vim passeando por belas ruas (bis)


E veja é uma beleza


seu francisquinho no claraão da lua..